sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Caioba


Caiobá é um bairro e um balneário pertencente ao município de Matinhos, localizado no litoral do estado do Paraná. Atrai anualmente milhares de turistas durante o verão; sua população durante a temporada de verão pode chegar a quase 1.500.000 de pessoas. Caiobá é o destino de muitas pessoas do Brasil e daAmérica Latina.

A colonização veio após a chegada do francês Auguste de Saint-Hilaire em 1820quando começa a surgir a Vila de Matinhos. Em 1927 foi inaugurada a Estrada do Mar, ligando Paranaguá à Praia de Leste, que trouxe muitas famílias alemãs, entre elas a família de Augusto Blitzkow, responsável pela urbanização de Caiobá.

A população é miscigenada, formada por descendentes dos índios carijós, portugueses, italianos, alemães e outros. Apresenta uma estrutura social particular, devido às características da formação de sua população fixa e sazonal, em relação aos veranistas e turistas, e recebe, somente o balneário, cerca de 1.500.000 pessoas, que chegam em feriados e temporadas. O balneário que pertence a Matinhos tem 15.174 habitantes.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O nascimento da Astronomia.

 

Entender os astros e seus movimentos sempre foi muito importante para a agricultura. Tanto é que as civilizações Mezopotânias no Oriente Médio, os egípcios na África, e os maias na América Central,que dependiam muito da agricultura, desenvolveram técnicas, instrumentos e observatórios bastante refinados para a observação deles.

A capacidade de medir o tempoe registrar os ciclos dos astros que os povos antigos foram desenvolvendo foi essencial para a astronomia.Foram criados, por exemplo, calendário, relógios de sol e de água.
A navegação feita orientando-se pela posição dos astros no céu também é uma contribuição da astronomia, que permitia a localização dos pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.
No Hemisfério Sul, a constelação chamada Cruzeiro do Sul fornece a direção do polo sul da Terra.Trata-se de uma constelação formada por cinco estrelas que formam uma cruz no céu. Uma quinta estrela chamada "intrometida", permite o fácil reconhecimento da constelação. Uma vez localizado o Cruzeiro do Sul, basta acrescentar quatro vezes e meia a distância do braço maior para encontrara a direção do Polo Sul.


Aristóteles (em grego: Ἀριστοτέλης, transl. Aristotélēs; Estagira, 384 a.C.Atenas, 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores, da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com 13 anos de idade, que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristoteles volta para Atenas, onde funda o Liceu (lyceum) em 335 a.C..





Cláudio Ptolemeu ou Ptolomeu (em latim: Claudius Ptolemaeus; em grego: Κλαύδιος Πτολεμαῖος; 90168), foi um cientista grego que viveu em Alexandria, uma cidade do Egito. Ele é reconhecido pelos seus trabalhos em matemática, astrologia, astronomia, geografia e cartografia. Realizou também trabalhos importantes em óptica e teoria musical.
Na época de Ptolomeu, a diferença entre astronomia e astrologia não era muito clara e, portanto, os estudos dessas áreas seguiam essa característica, diferente da concepção atual que distingue bem essas duas áreas.
O grande mérito de Ptolomeu foi, baseando-se no sistema de mundo de Aristóteles, fazer um sistema geométrico-numérico, de acordo com as tabelas de observações babilônicas, para descrever os movimentos do céu.



Nicolau Copérnico (Toruń, 19 de Fevereiro de 1473Frauenburgo, 24 de Maio de 1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico.
Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava, a Terra como o centro), é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.



Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrônomo, matemático e astrólogo alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por formular as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificada por astrônomos posteriores com base em suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Elas também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Durante sua carreira, Kepler foi um professor de matemática em uma escola seminarista em Graz, Áustria, um assistente do astrônomo Tycho Brahe, o matemático imperial do imperador Rodolfo II e de seus dois sucessores, Matias I e Fernando II, um professor de matemática em Linz, Áustria e um assessor do general Wallenstein. Também fez um trabalho fundamental no campo da óptica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator (o telescópio de Kepler) e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileu Galilei.




Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei) (Pisa, 15 de fevereiro de 1564Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

História de Esparta Conheça a história de Esparta, cidade-estado grega, os espartanos, educação espartana, política, religião,
 cultura, sociedade, guerras com Atenas, Guerras Médicas
esparta - guerreiro
Estatueta de um Guerreiro Espartano  
Introdução 
Esparta foi uma das principais polis (cidades-estado) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar, pois foi fundada pelos dórios.

A cidade de Esparta foi fundada no século IX a C pelo povo dório que penetrou pela península em busca de terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de seu território através de guerras. No final do século VIII aC, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.

Sociedade Espartana

Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:

Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.

Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.

Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.

Educação Espartana

O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.

Política Espartana

Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.

Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.

Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembléia.

Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.

Religião Espartana

Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade

A pólis de Esparta foi fundada na região do Peloponeso, por povos de origem dória. Ao contrário do tradicional solo grego pobre que incentivava a navegação, Esparta possuía terras relativamente férteis e consequentemente isso refletia na economia espartana que era essencialmente agrícola. Durante muito tempo o uso da moeda foi proibido e as trocas eram limitadas.
Esparta
Esparta
A aristocracia presente em Esparta não era como a de Atenas, baseada na propriedade da terra, mas esta era uma aristocracia de guerreiros, controladores do poder do estado que eram descendentes dos invasores dórios e detinham a posse da terra. Já as periferias da cidade eram ocupadas pelos pequenos proprietários, denominados periecos. Quanto à cultura espartana, o objetivo desta era formar bons soldados para abastecer o exército desta e desde cedo os espartanos eram treinados para guerra.  O poder militar desta pólis absolutamente importante nas Guerras Médicas, onde unida a Atenas, buscam combater os PERSAS
ATENAS
Grécia Antiga

Localização:
País europeu, localizado entre os mares Mediterrâneo, Egeu e Jônico e que hoje se limita ao norte com a Albânia, a Iugoslávia e a Bulgária.

Apresenta duas regiões distintas: a Grécia continental e a Grécia insular, onde destacamos as ilhas de Creta, Rodes, Eubéia e Lesbos.

Período Pré – Homérico (séc. XX ao XII a.C.):
Junção de quatro povos: Eólios, Dórios, Jônios e Aqueus (primeiros a ocuparem a região).
• Aqueus (2000 a.C. e 1700 a.C.): fundadores da cidade de Micenas;
• Eólios (1700 a.C. e 1400 a.C.): ocuparam a Tessália e outras regiões;
• Jônios (1700 a.C. e 1400 a. C.): ocuparam a região da Ática, onde posteriormente fundaram a cidade-estado de Esparta;
• Dórios (a partir de 1200 a.C.): povo guerreiro, que após decadência da civilização creto-micênica, invadiu a cidade de Micenas. Posteriormente, fundaram a cidade-estado de Esparta.

Primeira Diáspora: expansionismo. Domínio de Creta pelos Dórios.


A civilização cretense:

A civilização cretense atingiu seu apogeu cultural entre os anos 2000 e 1400 a.C. A posição geográfica de Creta tornou-se um importante ponto de contato cultural e comercial entre várias civilizações, ligando Europa, Ásia e África.
A economia cretense era bastante dinâmica e diversificada. Os cretenses desenvolveram intensa atividade metalúrgica, na cerâmica, no artesanato de jóias e na indústria têxtil. A agricultura, além de abastecer as necessidades internas, era exportada para vários países. Por essa época, Creta dominava o comércio marítimo. Os cretenses importavam estanho da península Ibérica e o cobre do Chipre e exportavam seus produtos agrícolas.
Na sociedade cretense, grande parte da massa trabalhadora estava submetida a uma servidão por dívida. Entretanto, o nível de vida do homem comum em Creta era, ao que parece, superior ao nível de vida do homem comum na maioria das civilizações antigas. Poucos eram os escravos e estes tinham origem estrangeira. A mulher tinha um papel tão importante quanto o homem, na vida social cretense, desempenhando várias atividades.

Os cretenses eram um povo que se dedicava muito à prática de esportes, das danças e das festas. Sua religião baseava-se principalmente no culto da Deusa-Mãe, símbolo da fertilidade, considerada geradora dos homens, das plantas e dos animais.

Período Homérico (séc. XII ao VIII a.C.):

Tem como ponto de análise as obras Ilíada (guerra de Tróia e invasões dóricas) e Odisséia (relata as viagens de Ulisses), cuja autoria é atribuída ao poeta Homero.
A sociedade era organizada através dos Genos (grupos familiares, que adoravam um antepassado e desenvolviam trabalho agropastoril de subsistência).
Com o tempo, ocorreram mudanças na estrutura interna dos genos promovendo uma divisão desigual das terras, o que antes não existia, pois as terras eram utilizadas por todos de forma igualitária.

Essa divisão das terras provocou uma estratificação social (surgimento de classes sociais):
• Eupátridas (bem-nascidos): possuíam as melhores terras - elite;
• Georgóis (agricultores): ficaram com o restante da terra, e desenvolviam comércio marítimo;
• Thetas (marginalizados): não possuíam terras.

Os conflitos e tensões sociais que ocorreram na Grécia Continental ocasional a Segunda Diáspora (dispersão do povo grego). A desagregação do sistema gentílico deu origem às cidades-Estado gregas, como Corinto, Tebas, Mileto e, as principais, Atenas e Esparta.

Período Arcaico (séc. VII ao Vi a.C.):


 Formação das cidades-Estado (polis): os aristocratas, a fim de protegerem suas propriedades, começaram a se unir formando as fratrias (irmandades), que eram um conjunto de genos. Pelas mesmas razões de proteção, as fratrias se uniram formando tribos. A união de várias tribos deu origem à polis (cidade-estado grega).

A polis era composta por:
• a crópole: templo construído numa elevação do terreno;
• a Ágora: praça central, onde se reuniam os habitantes da cidade;e
• o Asty: mercado, onde se faziam trocas.
A polis também abrangia as terras e as campos vizinhos, onde se explorava o trabalho dos escravos e dos camponeses pobres.

Esparta:

Situa-se na região da Lacônia, a sudeste da península do Peloponeso, num vale de terras férteis, que facilitou a predominância da agricultura, cercado por altas montanhas que dificultam a passagem. Foi fundada pelos Dórios no século IX a.C., que expulsaram os antigos habitantes, as Aqueus, transformando-os em escravos (hilotas). Esparta era extremamente militarista, e a educação visava à formação de guerreiros.


O governo espartano:

Com o tempo, Esparta assumiu uma rígida organização social, política e econômica.
Segundo a lenda, a Constituição espartana, a Grande Retra, foi obra do legislador Licurgo, que teria consultado o deus Apolo para criá-la. Segundo a Grande Retra, o governo espartano era dividido em:
• Diarquia: dois reis com funções religiosas e militares;
• Gerúsia: Conselho de anciãos composta por cidadãos com mais de 60 anos;
• Apela: Assembléia, convocada pela Gerúsia e podia aprovar ou desaprovar leis.

A sociedade:

• Espartanos: classe social dominante;
• Periecos: descendentes de antigos aqueus;
• Hilotas: escravos.

Atenas:

Situada na península do mar Egeu (Ática), Atenas surgiu da junção de tradições aquéias, eólias e jônias. Sua região pouco propícia para a agricultura, fez com que sua economia, baseava-se na produção de azeite e vinho, e no comércio marítimo.

No início do Período Arcaico, a civilização ateniense dividia-se em:
• Eupátridas: nobres;
• Georgóis: pequenos proprietários de terras;
• Demiurgos: trabalhadores livres;
• Thetas: camadas urbanas marginalizadas;
• Metecos: estrangeiros.

As revoltas sociais:

Devido ao alto grau de exploração sofrida, as massas urbana e rural se revoltaram contra a aristocracia.
• Drácon: por volta de 620 a.C., o legislador Drácon, codificou as leis orais e passou o controle da justiça para o Estado. Mesmo tornando as leis públicas e aplicáveis a todos, o Código de Drácon não conseguiu resolver o problema sociopolítico.
• Sólon: em 594 a.C., o legislador Sólon proibiu a escravidão por dívidas e unificou pesos e medidas, favorecendo o desenvolvimento do comércio e enfraquecendo o poder dos eupátridas. Criou, também, o Conselho dos Quatrocentos (Bulé), composto por cidadãos com mais de 30 anos.
• Clístenes: deu a Bulé função administrativa e preparação de projetos de lei submetidos à Assembléia Popular (Eclésia), que se transformou no órgão mais importante de Atenas.

Surgia a democracia ateniense, ou governo dos demos.

 Período Clássico (séc. V e IV a.C.):

Período de guerras internas e por disputa de territórios.
• Guerras médicas: no início do século, os gregos tiveram que enfrentar uma invasão persa, cujo império chegou a estender da Ásia Menor ao mar Egeu, que tentaram tomar as áreas de colonização gregas na Ásia Menor.
• Confederação de Delos: liga de cidades lideradas por Atenas para combater a invasão persa.
• Guerra do Peloponeso: articulação de polis, organizadas por Esparta, que se opunham a Confederação de Delos.


 Período Helenístico (séc. IV a.C.):

O Período Helenístico vai desde as conquistas de Alexandre, o Grande, ao domínio romano na Grécia. Isso porque os gregos costumavam se chamar de “helenos”, pois acreditavam ser descendentes de Heleno, filho de Decalião (rei da Tessália, que Zeus salvou de um dilúvio que destruiu a humanidade).


 Cultura grega:

Religião:

A religião era politeísta e antropozoomórfica. Os Deuses tinham forma, virtude e direitos humanos. A única diferença era a imortalidade. Eles habitavam o Monte Olimpo, liderado por Zeus. Todas as cidades gregas possuíam templos, onde as divindades locais e nacionais eram cultuadas.



Literatura:

A poesia épica foi a primeira expressão literária entra os gregos. Nela destacamos Homero, autor de Ilíada (guerra de Tróia) e Odisséia (viagem de Ulisses – Odisseu); e Hesíodo autor de Os trabalhos e os dias (reflexão sobre a situação atual dos pequenos proprietários da Ática e a agricultura) e Teogonia (genealogia dos Deuses e descreve a origem do mundo). Também podem ser vistas poesia lírica (Safo – poetisa de Lesbos, Píndaro e Anacreonte). Todavia, a expressão maior foi o teatro com os gêneros tragédia (Ésquilo, o pai da tragédia, com Os persas e Sete contra Tebas) e a comédia (Aristófanes, com As rãs, As vespas e Lisístrada).


Artes:

As maiores expressões artísticas dos gregos foram a escultura e a arquitetura.

Na escultura destacamos Fídias, autor de obras como a estátua de Zeus no templo de Olímpia e a de Atenas, no Pártenon em Atenas.



A arquitetura se destaca na construção dos templos e apresenta três estilos diferentes:

História de AtenasCivilização e sociedade ateniense, deusa Atenas, Guerra do Peloponeso, Atenas e Esparta, democracia ateniense, teatro grego, arte ateniense, filosofia.
acrópole de atenasPor volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder:Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros.
História e características sociais, políticas e econômicas 
Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente.  
Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro ÉsquiloSófoclesEurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates
Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultural de seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura, destacam-se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, protetora da cidade. 
democracia ateniense privilegiava apenas seus cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade) com o direito de participar ativamente da Assembléia e também de fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares. 
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos memoráveis tempos antigos. A cidade é um dos principais pontos turísticos da Europa.
Acrópole de Atenas e o Partenon

UMA CIVILIZAÇÃO QUE MARCOU NA HISTORIA

               GRECIA ANTIGA 


História da Grécia Antiga
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cidades-estados, Atenas e Esparta, cultura grega, Olimpíadas, Guerra do Peloponeso, mapa da Grécia, resumo
teatro grego - cultura grega e história

A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueusjônioseólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.
mapa da grécia antiga
Mapa da Grécia (clique nele para ampliar)
Expansão do povo grego (diáspora) 
Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como conseqüência  do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.
Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios. 
Economia da Grécia Antiga 
A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.
Cultura e religião 
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história , artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.
A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos(semi-deuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Démeter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.
Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.
Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político). 
                                                                    
                                                                                 

Numa primavera grega, floresce a poesia

Para o escritor argentino Jorge Luis Borges, não há como dar à poesia uma definição precisa, “tal como não podemos definir o gosto do café, a cor vermelha ou amarela nem o significado da raiva, do amor, do ódio, do pôr-do-sol ou do nosso amor pela pátria. Essas coisas estão tão entranhadas em nós que só podem ser expressas por aqueles símbolos comuns que partilhamos. Por que precisaríamos então de outras palavras?”
Grécia
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É da Grécia antiga o primeiro registro oficial da poesia
Sem perder tempo tentando definir ou rotular a experiência poética, podemos olhar para o caminho percorrido pela poesia ao longo da história, uma trajetória que revela muito sobre os percursos da própria civilização. Reconstituir as origens da poesia é um trabalho quase arqueológico, já que, acredita-se, suas raízes se encontram na pré-história, no período compreendido entre 3.000 e 3.500 a.C., quando o homem confeccionava utensílios e armas de cobre.
Mas o primeiro registro oficial que se tem de poesia, como expressão artística, remete à primavera de 534 a.C, na Grécia antiga, quando são encenadas as primeiras tragédias em Atenas, no Festival de Dionísio. Antes disso, a poesia era parte das tradições dos povos antigos em suas reuniões diante dos oráculos, sempre no início de cada primavera, quando cantavam, dançavam, gritavam seus lamentos durante rituais em que uma sacerdotisa declamava suas profecias. Nesses rituais pagãos, a dança, o canto e a poesia oral eram as formas que os homens adotavam para se aproximar dos deuses e tentar, por meio da linguagem poética - considerada pura e livre dos vícios da fala cotidiana -, compreender os fenômenos da natureza, os desígnios divinos, a vida e a morte.
Os maiores poemas épicos (épica, do grego epos – canto ou narrativa) da Grécia antiga são a "Ilíada" e a "Odisséia", de Homero, poeta que supõe-se ter vivido nos anos 700 a.C. Cego, ele cantava seus poemas na corte, para reis e nobres. Tanto a "Ilíada" quanto a "Odisséia" codificam todos os grandes mitos gregos, narrando feitos heróicos em tom eloqüente, adequado à fala em voz alta. Na tradição clássica, não somente Homero, mas também Ésquilo, Sófocles, Eurípides e todos os poetas do período cantavam ou declamavam seus poemas em público, em performances que atraíam um grande número de pessoas e emocionavam as platéias com o ritmo musical dos versos e a exposição de temas mitológicos, voltados para as profundas questões humanas.
Esse caráter performático da poesia gerou a dramaturgia, o teatro, quando, além do próprio poeta declamando seu texto, passam a dividir a cena outros atores, mascarados, que enriqueciam a apresentação dos textos poéticos por meio da interpretação.
Com a adoção da lira no acompanhamento musical das performances de poesia épica, nasce a poesia lírica, dando espaço ao surgimento de novas variedades poéticas, como as canções, as odes, os epitáfios, as baladas, as elegias e outras formas que dariam origem, posteriormente, ao soneto e ao madrigal. Um dos traços inovadores da poesia lírica, em relação à épica, é a maior liberdade que o poeta tem na definição do número de sílabas dos versos.
A primeira poetisa de que se tem notícia é Safo (séc. 6 a.C.), cuja obra, dedicada às musas, apresenta características líricas e compreende odes, elegias, hinos e epitalâmios. Outros poetas conhecidos da antigüidade clássica são Píndaro, um dos primeiros grandes autores de odes, e Simônides de Ceos, que dedicou-se principalmente aos epitáfios, poemas criados como forma de homenagem aos heróis mortos.
Da poesia lírica derivam também a poesia bucólica, cujo maior representante é Teócrito (séc. 3 a.C.), e a poesia dramática, uma fusão da lírica e da épica (as narrativas são épicas, ou seja, objetivas, mas os narradores são líricos, atores de suas próprias emoções), que encontra em Eurípedes, Ésquilo e Sófocles suas grandes expressões.
A cultura grega foi o modelo primordial seguido pelos romanos no desenvolvimento da arte latina. Como expoentes da poesia latina na Antigüidade, podemos citar Virgílio, consagrado pela autoria da “Eneida”, grande poema épico; Ovídio, poeta de “As Metamorfoses”, poema com traços épicos e líricos; além de Horácio, Pérsio e Juvenal, que dedicaram-se a outro importante estilo poético da época, a sátira.